Quinta-feira, 5 de Julho de 2007

Prossegue no Cordoaria Nacional, Pólo II da Trienal de Arquitectura, a exposição “Áreas Metropolitanas – Século XXI”. Um grande espaço que oferece o retrato variado de projectos que diversas autarquias têm desenvolvido nas grandes áreas metropolitanas do país. Na sua enorme diversidade, traça-se o roteiro de intervenções qualificadas cuja dimensão pública tornou notáveis: requalificação de áreas ribeirinhas e espaços fabris, centros históricos, parques públicos, áreas periféricas e outras operações de escalas variáveis.
Complementarmente, apresenta-se o espaço “Promotores” e ainda a exposição “A Explosão da Cidade”, esta última dando a conhecer um vasto conjunto de transformações territoriais nos países da Europa do sul.
O Pólo II da Trienal está aberto até ao dia 28 de Julho.


“Metropolitan Areas – XXIst Century” is the main exhibition featured in Cordoaria Nacional, Pole II of the Lisbon Architecture Triennale. This presentation attempts to reveal a wide set of works and projects which municipalities and territory-managing entities are currently developing for expectant areas, the “urban voids” in the Metropolitan areas of Lisbon and Oporto.
Additionally, visitors can attend two complementary exhibitions: The “Promoters” space and “The Explosion of the City”; the last of which analyzes large-scale territorial transformations occurred in Southern Europe nations in recent years.
Pole II of the Triennale will be open until July 28th.
publicado por trienaldelisboa às 21:53
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De tiago costa a 8 de Julho de 2007 às 11:26
olá!
Sou finalista de arquitectura e tenho acompanhado na medida do possivel, mesmo à distância, através de blogs e artigos publicados, as actividades no âmbito da Trienal de Arquitectura, e notei, talvez por circunstâncias exteriores ao evento, que os jovens idiotas da arquitectura do futuro são esquecidos. Uma vez que uma exposição se dispõe a apresentar o presente e a espreitar para o futuro, porque não dar alguma importância ao que se faz nas universidades? Estudantes, inocentes, ambiciosos, cheios de certezas duvidosas, que têm nesta exposição um espaço para mostrar uma infima parte do que se discute num atelier de uma faculdade, a contemporaneidade ao seu mais alto nivel, e no entanto tão pouca visibilidade nos registos de divulgação! Parece que todos se esquecem de que um dia foram estudantes e investigadores a tempo inteiro, sem patrões e orçamentos, onde se podia discutir sem modéstia, se abrimos a barriga a uma pessoa, mesmo que no final essa mesma pessoa morra, ficamos sempre com sangue nas mãos, com o pensamento marcado e mais um passo dado.
Penso que se poderia dar mais visibilidade aos estudantes, aproveitar a projecção da Trienal de Arquitectura, e mostrar o que se discute, pensa, e ensaia nas escolas portuguesas.
Tiago, a Trienal é composta por um conjunto vasto de iniciativas que procuram oferecer um quadro abrangente da produção arquitectónica nacional e internacional. Uma dessas iniciativas tem exactamente o título de “Exposição Universidades”, patente no Pavilhão de Portugal. Esta exposição resulta do desafio lançado a um conjunto de 14 faculdades de arquitectura portuguesas sob o tema “Lugares em Espera”. Propôs-se aos alunos finalistas a realização de um projecto de intervenção cujo objecto incidiu sobre a grande área metropolitana de Lisboa, integrado na disciplina de Projecto de Arquitectura do último ano de formação académica. Os resultados desta competição estão presentes na exposição do Pólo I, tendo sido igualmente alvo de cerimónia pública de apresentação e entrega de prémio no valor de 12.500 euros. Outras iniciativas lançadas pela Trienal foram igualmente abertas à participação por parte de estudantes e finalistas de arquitectura, entre as quais o concurso Intervenções na Cidade e o Concurso de Ideias para a Requalificação do Estaleiro do Ouro e Zona Envolvente. (Daniel Carrapa)
De tiago costa a 9 de Julho de 2007 às 01:22
obrigado Daniel por teres respondido ao meu comentário/desabafo.
Tal como disse, eu acompanhei e acompanho, na medida do possível o evento. Prova disso é que participei no concurso sobre os "lugares em espera", e tenho trabalho exposto na exposição que referias, patente no Pavilhão de Portugal. Nesse aspecto tenho de dar os parabéns à organização pela oportunidade. Mas eu referia-me à visibilidade expositiva nos vosso meios de divulgação, como blogs, sites, e publicações físicas . Não estou a apontar um defeito, apenas lanço um palpite, de uma vertente a explorar, que como disse, é onde os laboratórios de discussão se iniciam, onde o confronto da experiência da docência se mistura com a frescura da discência . Todas estas iniciativas dinamizadoras são de aplaudir, e eu não deixo de o fazer, mas também servem para despejar ideias e pensamentos em cima das várias mesas disponibilizadas. Arquitectura não são só bonitas imagens, mas todos sabemos que são a primeira coisa que assimilamos, e com toda a projecção que o evento tem, achei pertinente deixar aqui neste espaço uma opinião, para, quem sabe, daqui a três anos a temática não possa recair sobre os laboratórios de pesquisa nas escolas.
Continuação de um óptimo trabalho.
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