O concurso de Ideias Intervenções na Cidade serviu de motivo para a apresentação de propostas de requalificação de diversos espaços urbanos da área de Lisboa, como forma de promover um debate sobre o seu potencial em benefício de um uso público ou de carácter colectivo. As 15 propostas seleccionadas estão agora expostas em painéis de grandes dimensões, nos locais para os quais foram pensadas, nomeadamente: Graça, Segunda Circular, Doca do Poço do Bispo, Costa do Castelo, Praça da Alegria, Avenida Padre Cruz, Largo Duque do Cadaval, Rua da Bela Vista à Lapa, Avenida de Berna, Avenida da República, Largo de Santa Apolónia, Rua de São Bento, Pátio do Aljube, Rua 1º de Maio e Avenida Infante D. Henrique.
Fica o registo visual dos cartazes de cada uma das propostas com respectiva ligação aos seus textos de apresentação, para ver e comentar aqui no blogue da Trienal.
Ateliermob - Arquitectura, Design e Urbanismo, Lda
A Cidade como teatro de espectáculos; o vazio como palco de operações
Maria João Fonseca e Maria Quintino
Rodolfo Reis com David Abondano e Kenzo Yamashita
Marco Simões da Silva e Daniela Trigo Lopes
ECO-KIT Praça da Alegria/Lisboa
Investimentos Imobiliários de Intervenções
Antiga Fábrica de Gás da Matinha – Lisboagás
Sofia Brogueira Henriques com Madalena Serro, Bruna Parro e Madalena Caiado
Lote na Rua da Bela Vista à Lapa
Pedro Barata Castro e Pedro Ribeiro
Quarteirões Novos para as Avenidas Novas
Tiago Simas Freire e Tiago Farinha
Reinterpretação da Praça de Santa Apolónia
João Albuquerque e Nuno Galvão
Ana Maria Ribeiro Lopes e Tiago Mestre
Paulo Miguel de Melo com Maria João Correia e Luís Maria Baptista
Chegou ao fim a Trienal de Arquitectura de Lisboa. Durante estes meses trouxemos até este espaço um pouco do ambiente e da cor das inúmeras iniciativas que nela tiveram lugar. Da divulgação à reflexão, esta foi uma forma de amplificar a visibilidade e participação da Trienal na blogosfera. O blogue serviu também de plataforma para promover uma extensa recolha fotográfica levada a cabo pelos participantes do Grupo da Trienal no Flickr, que ali reuniram mais de 350 imagens.
Ao longo de dois meses intensos a Trienal de Arquitectura juntou largas dezenas de colaboradores, conferencistas nacionais e internacionais, entidades públicas e privadas, universidades portuguesas e estrangeiras, arquitectos, urbanistas, artistas, músicos, historiadores e especialistas de áreas profissionais muito diversas. Esta primeira edição lançou as bases para a constituição de um “Festival” de arquitectura capaz de motivar o interesse e a participação, tanto da comunidade local como do público internacional. Portugal contribui desta forma para a reflexão, o debate, prospecção e divulgação da arquitectura nas suas múltiplas formas de expressão, das contingências regionais à complexa realidade global.
Falar de Vazios Urbanos, tema central do evento, foi também pretexto para falar da cidade contemporânea e, paralelamente, da situação específica de Lisboa no contexto internacional. Os vazios, espaços de falha funcional e humana, são lugares reveladores dos imprevistos da cidade – uma outra cidade não planeada que agora descobrimos presente em todas as metrópoles europeias. O crescimento rápido ditou a falência dos modelos modernos de urbanismo, pois que não existe já um paradigma único capaz de anular os seus crescentes graus de incerteza. Questionar, reflectir sobre este novo território da urbanidade é algo para que também a arquitectura é assim chamada a participar.
Reflectiram-se, nesta edição, sobre os muitos modos como a mudança actual é, inicialmente, uma mudança de sociedade e só depois de cidade. O aumento da velocidade diminuiu o tempo mas aumentou as distâncias. A expansão tornou-se possível e com ela surgiram novas centralidades – “nós” que com o tempo se tornaram outros pólos de crescimento autónomo e multi-funcionalidade interna. Estas transformações têm motivado uma reflexão crítica em todo o mundo, pois que se exigem hoje soluções de governabilidade territorial que sejam capazes de antecipar a incerteza presente no fenómeno urbano. Também à arquitectura cumpre contribuir activamente para uma paisagem urbana melhor e mais humana, respeitando os seus vários conteúdos – entre os quais a dimensão ecológica que esta implica – e dando sentido aos seus vazios. O desafio é imenso e a todos diz respeito.
A Trienal de Arquitectura de Lisboa regressa em 2010.
Um breve mosaico da Trienal de Arquitectura de Lisboa, com o especial agradecimento a todos os colaboradores do Grupo da Trienal no Flickr.
“Lugares” é um espectáculo de arquitectura, vídeo e dança que será exibido hoje e amanhã, dias 30 e 31 de Julho, no exterior do Pavilhão de Portugal. O evento convida à presença de todos para assim celebrar o encerramento da Trienal de Arquitectura de Lisboa.
Trata-se de um espectáculo promovido pela Associação Vo’Arte que reúne bailarinos portugueses e estrangeiros, chamados a captar a essência do viver da cidade, exprimindo o sentir dos seus espaços com o corpo, o movimento e a imagem. Um projecto inédito que propõe uma fusão de diversas áreas criativas expressas através da dança sob o pano de fundo da pála do Pavilhão de Portugal, usada como gigantesca tela de projecção. Um desafio que se propõe despertar a comunidade para um olhar diferente sobre a cidade, o património e a cultura, que todos poderão testemunhar, hoje e amanhã, a partir das 21 horas.
imagem de topo (Pavilhão de Portugal): Julien Barro
O Prémio Carreira Internacional Millenniumbcp foi ontem atribuído a Vittorio Gregotti. O carismático arquitecto, uma das maiores referências da arquitectura europeia e autor do Centro Cultural de Belém, recebeu o galardão das mãos do Presidente da República Portuguesa Cavaco Silva.
O comissário geral da Trienal José Mateus assinalou o sentido de dívida inscrito nesta distinção, relembrando a natureza controversa do edifício do CCB e de como este se tornou parte inegável do património da cidade.
Siza Vieira, patrono do prémio, destacou o importante contributo teórico de Gregotti presente nos seus muitos textos e artigos sobre arquitectura, definitivamente consolidado durante o período em que dirigiu a revista Casabella e também numa das suas obras de referência, “O Território da Arquitectura”. Siza e Manuel Salgado coincidiram na homenagem ao arquitecto italiano como particularmente interessado no percurso da arquitectura portuguesa e no seu papel solidário enquanto seu divulgador além-fronteiras.
Salgado recordou o trajecto de elaboração intensa do projecto do CCB e “a lição inesquecível” que recorda do seu contacto próximo com Vittorio Gregotti. “Trabalhar com Gregotti é aprender arquitectura. Ele ensina não apenas a fazer, mas também a pensar e a ler a cidade”.
Expressando-se de forma sentida, em português, Vittorio Gregotti agradeceu a distinção do Prémio Trienal e o reconhecimento por, nas suas próprias palavras, “um dos meus melhores projectos e aquele que eu mais amo”.
Vittorio Gregotti receives the Triennale Award
The Triennale Award for International Career was delivered yesterday to Vittorio Gregotti. The charismatic italian architect, one of the greatest references of European architecture and the author of the
José Mateus, Director of the Lisbon Architecture Triennale, emphasized the sense of debt implied in this distinction, remembering the controversial nature of the CCB at the time of its construction and how it became an undeniable part of the city of
Siza Vieira, patron of the award, signalled the important contribution of Gregotti to the theory of architecture as director of Casabella and in one of his main written works: “Territory and Architecture”. Architect Manuel Salgado remembered his intense collaboration with the project of the CCB and the intimate contact with Vittorio Gregotti as an “unforgettable lesson”. “To work with Gregotti is to learn architecture. He teaches not only to make, but to think and read the city”.
Vittorio Gregotti expressed his gratitude for the distinction of the Triennale Award and the recognition for, in his own words, “one of my best projects and the one I love the most”.
imagens: Sofia Quintas, 4SEE
O Presidente da República vai entregar na sexta-feira, 27 de Julho, às 19 horas, no Museu da Electricidade, o Prémio Carreira Internacional Trienal Millenniumbcp.
O prémio visa distinguir, segundo o seu patrono, arquitecto Álvaro Siza Vieira “um percurso profissional na arquitectura e uma personalidade com actividade profissional de referência no seu país e no mundo”.
O galardão, uma peça do artista Pedro Cabrita Reis, será entregue durante uma cerimónia que conta com as presenças do Presidente do Conselho de Administração da Fundação EDP, Francisco de
Na ocasião, o arquitecto Siza Vieira e o arquitecto Manuel Salgado falarão sobre a obra do arquitecto distinguido.
O nome do galardoado, que estará presente, só será revelado na cerimónia.
Portuguese President Cavaco Silva will deliver the Triennale Award for International Career, next Friday, July 27th, in the
This award aims to distinguish an architectural practice and a personality of great significance in his country and in the world. Architects Siza Vieira and Manuel Salgado will make a presentation of the awarded architect’s work, whose name and presence will only be revealed during the ceremony.
Os projectos seleccionados no âmbito do Concurso Público de Ideias Intervenções na Cidade foram apresentados numa sessão de debate no Fórum Trienal, no passado dia 19 de Julho. As 15 propostas seleccionadas, que podem ser vistas no Pólo I da Trienal até 31 de Julho, serão alvo de exposição pública através de painéis de grandes dimensões a instalar nos locais para os quais foram pensadas.
O Concurso Intervenções na Cidade registou um número recorde de participações, contabilizando centena e meia de propostas. Tratou-se do maior número de participações de sempre em concursos organizados pela Ordem dos Arquitectos.
Promovido pela Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos no âmbito da Trienal de Arquitectura de Lisboa, o concurso de ideias Intervenções na Cidade propunha que arquitectos e outros cidadãos (desde que com a coordenação obrigatória de um arquitecto ou de um arquitecto estagiário) apresentassem propostas para os espaços urbanos de Lisboa com potencialidade de serem requalificados para uso público ou terem carácter colectivo.
A exposição Inner City, de Arnie Zimmerman, vai estar em exibição no Museu da Electricidade até 16 de Setembro.
A exposição “Inner City”, na qual os vazios urbanos adquirem o sentido e a dimensão de metáforas da condição humana, resulta de um demorado trabalho conjunto de Arnie Zimmerman com Tiago Montepegado. No seguimento da colaboração com o arquitecto Tiago Montepegado, iniciada com a exposição “The Burden Fool and Other Stories” (Galeria Ratton, 2005), o escultor norte-americano começou a trabalhar “numa instalação de figuras e formas arquitectónicas abstractas mais elaborada, centrando a narrativa na cidade e nos seus habitantes.”
Arnie Zimmerman: “Comecei por construir um grupo de formas rectangulares simples e ocas com uma estrutura de paredes interiores. Estas estruturas tomam a forma de edifícios, estradas, muros, etc., evocando o ambiente urbano construído, embora sem pertencerem, do ponto de vista estilístico, a um tempo histórico específico. (...) A imposição de uma dimensão constante a todas as partes cria uma forte correspondência com a regularidade do mapa das ruas de Manhattan e com a forma como a maioria dos edifícios se apresentam paralelos ou perpendiculares aos “blocos” da grelha. (...) Muitas das personagens que vivem na minha cidade são os trabalhadores, “os tipos da rua”, os sem-abrigo, os que não pertencem à cidade mas que estão connosco. As perguntas que faço através da minha obra são: quem é importante na cidade? Quem faz diferença? Quem contribui para uma sociedade civilizada? Como defino a beleza e a fealdade numa cidade como Nova Iorque? Como é que as características externas dos moradores de Nova Iorque revelam as almas dos habitantes da cidade? Em que medida sou eu diferente dos outros residentes da cidade?”
Tiago Montepegado: “Inner City é uma instalação assumida no tempo em que acontece e pretende construir um território de interrogações. Um espaço em que o visitante se torna obrigatoriamente participante quando levado a atravessá-lo. É um conjunto de paralelos. Nunca se encontram. Nunca se cruzam e criam entre si um vazio ocupado por todos nós.
Não existem cidades assim. Ou serão todas as cidades assim? Será que só conseguimos ver o outro, quando vamos à janela e olhamos para o outro lado da rua?
Inner City acontece em Lisboa,
imagens (no topo): Luís Leite
A Exposição Monográfica Siza Vieira, que está patente no Pólo III da Trienal de Arquitectura de Lisboa, vai ser prolongada até ao próximo dia 9 de Agosto.
The monographic exhibition dedicated to the work of Siza Vieira that is located in the Electricity Museum, Pole III of the Lisbon Architecture Triennale, will be on display until August 9th.
imagem: Lígia Ribeiro
Esta sexta-feira, 27 de Julho, estará em debate no Fórum Trienal o actual modelo do Ordenamento do Território. A sessão irá decorrer a partir das 17 horas e conta com a presença do Secretário de Estado do Território e das Cidades, João Ferrão, bem como do arquitecto Nuno Portas, da arquitecta Sofia Morgado, de António Font, da ESTBA de Barcelona e ainda Inês Madariaga, da Universidade Politécnica de Madrid.
O actual modelo de gestão territorial, as suas entropias, falta de operacionalidade e a sobreposição de instrumentos de ordenamento, são algumas das questões que vão estar em discussão no debate que junta no Fórum Trienal, alguns dos mais especializados intervenientes para uma abordagem prospectiva desta problemática.
A arquitecta Sofia Morgado, investigadora na área do planeamento urbano, modera o debate que junta o secretário de Estado do Ordenamento do Território, João Ferrão e o arquitecto Nuno Portas, a dois investigadores espanhóis: Inês Madariaga, professora titular da Universidade Politécnica e António Font, comissário da Exposição “A Explosão das Cidade”, patente na Cordoaria Nacional, membro fundador do Laboratório de Urbanismo de Barcelona e membro do Comité Científico do Observatório de Metropolização no Espaço Mediterrânico.
Durante este dia, a partir das 15 horas, terá ainda lugar uma conferência de apresentação dos projectos premiados no Concurso Internacional para a Dinamização do Rio nas Margens do Médio Tejo. Estarão presentes os arquitectos do Ateliermob, autores da proposta vencedora, bem como do Wuda*wurfbaum Dantas Architects e do Atelier Rua.
O Concurso Internacional para a Dinamização do Rio nas Margens do Médio Tejo pretendeu seleccionar propostas para dinamizar uma extensão de
O projecto do Ateliermob, o melhor classificado entre 23 propostas, sustenta-se no desenho de um percurso pedonal, «de traçado bem integrado na paisagem que acompanha o Tejo – eixo estruturante do próprio território – muito apoiada nos valores pré-existentes», sustenta o júri do concurso, presidido pelo arquitecto Gonçalo Byrne.
Além disso, o projecto vencedor prevê elementos de ajuda geo-referenciados, que permitem aos visitantes fazer pausas nos percursos a pé e, ainda de acordo com o júri, é o que melhor cumpre a intenção inicial de uma «intervenção mínima» realçando os «valores naturais e arqueológicos» daquela zona.
Os projectos apresentados deviam tirar o máximo partido da ‘paisagem natural’ existente, «sem recurso a materialidades impostas» e integrar-se nos investimentos já realizados em duas infra-estruturas: o Parque Almourol, um espaço centrado pelo castelo de Almourol e construído na base de actividades de recreio; e o Aquapolis, um parque urbano ribeirinho de Abrantes.
A equipa actual do Ateliermob é constituída pelos arquitectos Andreia Salavessa, Tiago Mota Saraiva, Carolina Condeço, Nuno Ferreira e Vera João.
Recentemente, o Ateliermob foi um dos 15 seleccionados para figurar na exposição Intervenções na Cidade, organizada pela Trienal de Lisboa. Esta exposição pode ser visitada no Pavilhão de Portugal até 31 de Julho.
A exposição de todos os trabalhos concorrentes e premiados no Concurso pode ser visitada até ao dia 26 de Julho no Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha.
Para além da apresentação dos projectos vencedores do Concurso Internacional, irá ainda ser apresentado o número 2 da publicação PapelParede, dedicada ao tema Vazios Rurais. O PapelParede é uma publicação do Núcleo do Médio Tejo da Ordem dos Arquitectos.
O Fórum Trienal está situado no edifício da Cordoaria Nacional, tendo entrada livre.
Each week, the Triennale Forum hosts debate sessions on relevant urban issues. The Triennale Forum is located in Cordoaria Nacional, Pole II of the Lisbon Architecture Triennale.
“LISBOSCÓPIO é uma arquitectura de espaço criada por Amâncio (Pancho) Guedes e Ricardo Jacinto. É um dispositivo efémero e móvel, cuja construção explora a utilização de matérias que anunciam a transformação da cidade.
No seu primeiro momento de concepção foi imaginado a habitar e ser habitado no Esedra. Posteriormente, formou-se como unidade de um corpo múltiplo que se fecha para viajar e se abre para mostrar, e ser experienciado noutros lugares. No sítio, LISBOSCÓPIO ocupa a sua geografia e redefine um lugar. O corpo-contentor anelídeo constrói-se com tubos, redes, telas e madeiras, reproduzindo-se, recriando-se e aparentando-se, sem alguma vez se constituir como igual.
LISBOSCÓPIO contém um pulsar sussurrado de uma cidade perscrutada que flui dentro do seu intricado sistema activo contínuo e fragmentado, comunicante e aberto. O espaço diáfano é ocupado por uma estrutura que se cria como matéria e espaço impulsores da experiência. Na passagem, os momentos de pausa exploram e desvendam uma funcionalidade simples que activa na experiência de habitar uma compressão do espaço e expansão dos sons que se propagam num movimento com desfasamento temporal. LISBOSCÓPIO poderá habitar-se como lugar, através de um estar performativo e resiliente, sendo o corpo um espaço da sua experimentação que sugere a passagem como tempo habitado sem territorialização.”
“LISBOSCÓPIO is an architecture of space created by Amâncio (Pancho) Guedes and Ricardo Jacinto. This is a temporary and mobile device, the construction of which explores the use of materials usually related to the transformation of the city.
It was first conceptualized to dwell and to be dwelled at the Esedra. It then became a multiple body unit that folds and collapses for travel and opens up to be shown and experienced in other places.
At the site, LISBOSCÓPIO occupies a specific geography and redefines the memory of a place. The folding container-body is built out of tubes, safety meshes, stanchions, joints, cables, disks, anchors, canvas and timber. It reproduces and recreates itself, without ever repeating itself.
LISBOSCÓPIO incorporates a whispered pulse of a scoped city that flows within its intricate and active system – continuous and fragmented, communicating and open. The diaphanous space is occupied by a linear structure of multiple forms, which is created as a possible experimentation to dwell. Through the passage, the stillness allows one to experience an existing spatiality. Thoughts can be heard, blown and exchanged in time-delay. The sounds flow while space is compressed.
One can dwell the concreteness of the sound piece or interplay with it to intensify the connectivity of the running thoughts.
Texto: Claudia Taborda
O Dia do Japão foi celebrado no Pavilhão de Portugal na passada quarta-feira. O Japão é um dos países presentes na Trienal de Arquitectura, tendo organizado um conjunto de workshops e outras actividades abertas à participação do público durante todo o dia. Novamente, um agradecimento especial a João Morgado pelo excelente registo fotográfico.
“O dia começou com o primeiro de um conjunto de workshops de cerca de uma hora que decorreram até ao final da tarde, dedicados à técnica do Origami e à caligrafia Shodo.”
“A Embaixada do Japão, organizadora deste evento, programou a exibição de documentários sobre o Japão e Parasite Cinema, momentos de Cosplay - a possibilidade de vestir yukata (kimono de algodão para o verão) e happi (espécie de kimono curto de trabalho); a prática de jogos tradicionais japoneses e preparou ainda pequenas exposições sobre o Japão dedicadas aos templos japoneses e aos meses do ano.”
imagens: João Morgado
Lisboscópio é o título de uma instalação criada por Amâncio (Pancho) Guedes e Ricardo Jacinto para a 10ª Exposição Internacional de Arquitectura Bienal de Veneza 2006 e que estará exposto nos Jardins da Fundação Calouste Gulbenkian. A inauguração é amanhã, 19 de Julho pelas 18h00, e contará com a presença dos autores, da comissária Cláudia Taborda e de Luca Barbero, curador na Colecção Peggy Guggenheim (Veneza).
Lisboscope is a site-specific installation created by architects Amâncio (Pancho) Guedes and Ricardo Jacinto for the Venice Biennale of 2006. The project will now be on display in the Gardens of the Calouste Gulbenkian Foundation, in Lisbon. Official inauguration is scheduled for tomorrow, July 19th at 6pm, featuring the presence of the authors accompanied by the landscape architect Cláudia Taborda and curator Luca Barbero.
As 15 propostas seleccionados no âmbito do Concurso Público de Ideias Intervenções na Cidade vão ser publicamente expostas em painéis de grandes dimensões, nos locais para os quais foram pensadas. Os outdoors serão afixados durante os próximos dias e pretendem promover o debate sobre a requalificação idealizada para os lugares em questão.
The 15 selected proposals of the Competition of Ideas “Interventions in the City” will be exhibited “in-situ”. For this purpose, an outdoor panel will be installed, showing each selected intervention proposal. These panels of large dimensions aim to instigate a debate on the requalification of the place under questioning.
A passada sexta-feira assinalou o Dia da França na Trienal de Arquitectura. Os visitantes puderam participar em visitas guiadas à sua instalação expositiva que está patente no Pavilhão de Portugal e ainda a diversos locais da exposição Extra-Muros. Quem esteve presente no Pólo I pode assistir a uma mesa redonda sob o título Dar Vontade de Amar, às performances culinárias do designer Germain Bourré e ao concerto no pátio do pavilhão pelo grupo franco-português O’QueStrada. Ficam alguns registos deste dia capturados pelo olhar de João Morgado.
“Ao longo do dia o restaurante do Pavilhão da Trienal pôs à disposição de Germain Bourré a sua cozinha e um cozinheiro para a confecção dos seus "archisablés" que foram servidos ao público.”
imagens: João Morgado
Abílio Guerra e Fernando Mello Franco marcaram uma forte presença na Trienal, trazendo um conjunto de reflexões sobre o legado da arquitectura brasileira e a complexidade da sua situação contemporânea.
Abílio Guerra deu a conhecer o seu contributo para uma catalogação da arquitectura do seu país, um trabalho metódico com vista à construção de uma visão crítica e historiográfica do seu passado moderno aos dias de hoje. Uma arquitectura fortemente enraizada em influências corbusianas, de matriz europeia, cuja releitura evoluiu de formas muito inventivas, por vezes dissonantes e expressas na tensão entre a Escola Carioca e a Escola Paulista.
Reportando-nos a essas referências fundadoras, de Lúcio Costa e Óscar Niemeyer, Abílio Guerra descreveu os traços particulares da produção arquitectónica brasileira: a forma espaçada no território; o “pilotis” como elemento fundamental na relação com a natureza; e as decorrentes possibilidades plásticas do “concreto”. Trata-se afinal de uma arquitectura fundada no mito de fusão do homem com a paisagem, num sentido de relação com o meio que se pode identificar como proto-ecológico. Desenhando novas paisagens, assim se traduz “a arquitectura como instrumento e a engenharia como artifício”.
Reportando-nos ao momento presente, Abílio Guerra enunciou a bela imagem do “canto paralelo paulista” para se referir a esta corrente arquitectónica fortemente impressa nesta génese moderna. Uma arquitectura hoje marcada pela complexidade crescente dos problemas urbanos e as muitas tensões inscritas no seu tecido social e económico.
Fernando Mello Franco falou da sua condição de arquitecto na mega-cidade de São Paulo, uma cidade contentor da densidade de vivências e processos urbanos. “O nosso embate com esse país absolutamente complexo chamado Brasil”; é sobre esse contexto de desmesura e diversidade que desenvolveu o projecto dos “Vazios de Água”, trabalho resultante da participação da MMBB na Bienal de Roterdão 2007 cuja temática é “Power - Producing the Contemporary City”.
Trata-se de um projecto ambicioso que avança com uma estratégia urbana de larga escala, centrando-se numa alteração do paradigma do projecto de arquitectura e a sua relação com o conceito de infra-estrutura; entendida enquanto elemento essencial para estruturar uma relação sistémica com o território. Para Fernando Mello Franco, abordar o mosaico complexo da mega-cidade obriga a identificar os nós do sistema urbano para sobre ele actuar, numa espécie de acupunctura, em que uma intervenção específica pode irradiar um efeito sobre o território que o envolve. Estamos assim perante a falência do paradigma moderno da cidade planeada para se abraçar processos de crescente complexidade, tal a amplitude dos fenómenos urbanos com que se defronta.
Os “Vazios de Água” definem uma vasta intervenção infra-estrutural sobre o sub-sistema hídrico da cidade de São Paulo, enquanto suporte para a construção de uma coesividade que hoje lhe está ausente. É um projecto que faz reflectir a nova consciência sobre os problemas colocados pela ocupação humana: o conflito de escalas entre a super-estrutura necessária e os efeitos negativos da sua presença local. Em São Paulo o problema da água interfere assim directamente sobre a questão habitacional. As favelas ocupam espaços desadequados à urbanização, sem valor comercial como as zonas declivosas e áreas drenantes. Ocupam, afinal, os vazios necessários ao funcionamento dos sub-sistemas naturais da cidade. A proposta ensaiada por Fernando Mello Franco procura redefinir as fronteiras destes territórios, identificando os seus vazios difusos como o tecido de novas possibilidades de intervenção e com eles começar a instituir uma vivência urbana mais fértil e próspera.
Abílio Guerra é arquitecto e editor responsável pelo Portal Vitruvius.
Fernando Mello Franco desenvolve a sua produção arquitectónica na firma MMBB Arquitectos, em parceria com Marta Moreira e Milton Braga.
Dia da França na Trienal de Arquitectura de Lisboa: 13 de Julho de 2007
Descritivo (via Institut Franco-Portugais):
1 . Acolhimento do público no pavilhão francês da trienal
Durante este dia, das 10:00 às 12:00 e das 14:00 às 18:00, será assegurado o acolhimento do público para permitir um intercâmbio sobre a exposição apresentada, responder a eventuais questões e dar, se necessário, informações sobre a arquitectura em França, sobre as escolas, a formação. Será igualmente posta à disposição do público documentação específica sobre estas matérias.
2. Visita guiada a 6 locais da exposição EXTRA-MUROS
Às 11:00, encontro marcado com os amantes da arquitectura para ver in loco 6 módulos da exposição EXTRA-MUROS, no centro de Lisboa: Clube "Music Box", Cafetaria do Museu do Chiado, Livraria “Ler Devagar da Galeria ZDB, Sociedade de Geografia de Lisboa, Clube "Ondajazz", Restaurante "VerdePerto". Um elemento do Serviço de Cooperação e de Acção Cultural da Embaixada acompanhará o grupo (40 pessoas, no máximo) e comentará as fotografias dos projectos expostos.
3. Conferência "Donner envie d'aimer / Dar Vontade de Amar"
Às 16:30, na sala perto do pátio central do Pavilhão da Trienal, terá lugar uma mesa redonda com Patrice Goulet (comissário da exposição EXTRA MUROS), Pierre-Marie Goulet (cineasta) e Mathieu Poitevin (arquitecto).
O filme de Pierre-Marie Goulet será apresentado no início da mesa redonda. O crítico Nuno Grande aceitou moderar o debate e apresentar um contributo no início do mesmo.
4. « Performance » de Germain Bourré, designer
O restaurante do Pavilhão da Trienal porá à disposição de Germain Bourré a sua cozinha e um cozinheiro para a confecção dos seus "archisablés" que serão servidos ao público em vários momentos do dia. Germain Bourré, inspirado no universo dos “sablés” das festas alsacianas, propõe um jogo de acumulação de formas. Uma arquitectura, uma cidade, uma colina são construídas. A prova e os sabores evoluem à medida que se avança para o centro das bandejas (do salgado para o doce).
5. Concerto de O’QueStrada
Às 18:30, o grupo franco-português O’QueStrada dará um concerto no Pátio do Pavilhão da Trienal. Estes artistas, uma cantora e quatro músicos, considerados por entre os melhores representantes das « músicas do mundo », oferecem um programa saborosamente “mestiçado”, poético e com imenso humor.
6. Jantar de Baile do 13 de Julho
Para o jantar e o tradicional baile do 13 de Julho, a comunidade francesa escolheu o Pavilhão da Trienal, o seu restaurante e o bar. Esta festa é organizada pelo Conselheiro dos franceses em Portugal, sob a presidência de honra de Sua Excelência o Embaixador de França em Portugal. Os participantes serão acolhidos das 20:00 à meia-noite, mediante apresentação de convite pago.
France’s Day at the Lisbon Architecture Triennale: July 13th, 2007.
A Exposição Monográfica dedicada à obra de Siza Vieira continua presente no Museu da Electricidade. É uma mostra de quase quatro dezenas de obras, construídas ou em projecto, apresentadas através de um vasto conjunto de materiais expositivos, desde esquissos, fotografias, desenhos de projecto, maquetas. Traça-se assim o “diário de bordo” do arquitecto do Porto, numa tentativa de revelar a sua personalidade e trajecto profissional. Inevitavelmente, destacam-se a Igreja de Santa Maria de Marco do Canavezes, o Museu de Serralves, a Piscina das Marés de Leça da Palmeira, bem como os recentes projectos do Pavilhão de Exposições em Anyang, da Adega Mayor e do Complexo Desportivo em Cornellà. A merecer ainda atenção particular uma projecção vídeo presente na parte final do percurso reúne uma compilação de várias filmagens com o arquitecto no seu atelier.
O Pólo III da Trienal está aberto até ao dia 27 de Julho, data em que decorrerá a entrega do Prémio Trienal, cerimónia que contará com a presença do próprio arquitecto Álvaro Siza Vieira.
The Monographic Exhibition dedicated to the work of Siza Vieira is located in the
Pole III of the Triennale will be open until July 27th.
Prossegue no Cordoaria Nacional, Pólo II da Trienal de Arquitectura, a exposição “Áreas Metropolitanas – Século XXI”. Um grande espaço que oferece o retrato variado de projectos que diversas autarquias têm desenvolvido nas grandes áreas metropolitanas do país. Na sua enorme diversidade, traça-se o roteiro de intervenções qualificadas cuja dimensão pública tornou notáveis: requalificação de áreas ribeirinhas e espaços fabris, centros históricos, parques públicos, áreas periféricas e outras operações de escalas variáveis.
Complementarmente, apresenta-se o espaço “Promotores” e ainda a exposição “A Explosão da Cidade”, esta última dando a conhecer um vasto conjunto de transformações territoriais nos países da Europa do sul.
O Pólo II da Trienal está aberto até ao dia 28 de Julho.
“Metropolitan Areas – XXIst Century” is the main exhibition featured in Cordoaria Nacional, Pole II of the
Additionally, visitors can attend two complementary exhibitions: The “Promoters” space and “The Explosion of the City”; the last of which analyzes large-scale territorial transformations occurred in
Pole II of the Triennale will be open until July 28th.
Os arquitectos brasileiros Abílio Guerra e Fernando Mello Franco vão proferir duas palestras no âmbito da Trienal de Arquitectura de Lisboa, nos próximos dias 9 e 10 de Julho. A entrada é livre.
Os dois arquitectos proferem as suas conferências em dois dias seguidos e em diferentes locais: no próximo dia 9, às 18 horas, no pólo II da Trienal, edifício da Cordoaria Nacional, Fernando Mello Franco dará uma conferência dedicada ao tema "Vilanova Artigas". Abílio Guerra, por seu lado, dedica a sua intervenção ao tema "Lúcio Costa, Modernidade e Tradição".
No dia seguinte as conferências terão lugar no Grande Auditório do Instituto Superior Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE, Av.ª das Forças Armadas, Lisboa), à mesma hora. Abílio Guerra abordará o tema "Casa Moderna em São Paulo" e Fernando Mello Franco dedicará a sua palestra a "MMBB".
Mais informação em trienaldelisboa.sapo.pt.
Brazilian architects Abílio Guerra and Fernando Mello Franco will carry out two consecutive sets of open conferences on the 9th and 10th of July.
July 9th, Cordoaria Nacional – Fernando Mello Franco: “Vilanova Artigas”; Abílio Guerra: “Lúcio Costa, Modernity and Tradition.
July 10th, ISCTE – Fernando Mello Franco: “MMBB”; Abílio Guerra: “Modern House in São Paulo”.
Conferences begin at
For additional information, please visit trienaldelisboa.sapo.pt.
O Fórum Trienal prossegue no espaço da Cordoaria. Esta semana terá lugar um debate dedicado às Frentes de Infra-estruturas – Os Novos Caminhos do TGV, com a presença da secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, conjuntamente com o Comissário Geral da Trienal, arquitecto José Mateus, com o professor João Cabral, o arquitecto paisagista João Nunes, o engenheiro Adão da Fonseca e ainda o geógrafo Álvaro Domingues.
O debate é já amanhã, quinta-feira, a partir das 18 horas. Antes da sessão, por volta das 15 horas, o Fórum receberá os vencedores do Concurso “Vamos Fazer Cidade”, iniciativa promovida pelo Jornal Expresso em parceria com a Trienal de Arquitectura de Lisboa.
Each week, the Triennale Forum hosts debate sessions on relevant urban issues. The Triennale Forum is located in Cordoaria Nacional, Pole II of the Lisbon Architecture Triennale.
Agora, a Trienal de Arquitectura de Lisboa tem o seu grupo de imagens no Flickr. Para ver, acompanhar e até participar na construção de uma galeria fotográfica de tudo aquilo que está a acontecer.
Lisbon Architecture Triennale Group on Flickr
Now, the Lisbon Architecture Triennale has its own group on Flickr. Everyone can see and participate in the construction of this extensive image gallery, to keep track of everything that's happening.